sexta-feira, 26 de abril de 2019

Arrecadação cai em março, mas receita do 1º trimestre é a maior desde 2014


Aumento de compensações e das desonerações tributárias, queda no recolhimento de tributos como PIS/Cofins e Cide sobre o óleo diesel, além do baixo índice de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) explicam por que a arrecadação tributária federal caiu 0,58%, em termos reais, em março passado, em relação ao mesmo mês de 2018, porém, apesar disso, aumentou 1,09%, no primeiro trimestre, comparado ao mesmo período do ano passado.

Ao anunciar os números referentes à arrecadação tributária, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, auditor-fiscal Claudemir Malaquias, justificou:

"O resultado da arrecadação do primeiro trimestre do ano foi determinado pelo comportamento dos indicadores macroeconômicos e do crescimento do Imposto de Renda e da Contribuição Social. Em relação ao ano anterior, houve redução dos pagamentos do parcelamento neste período e do PIS/Cofins e da Cide sobre o óleo diesel. No conjunto, houve desempenho positivo em relação ao ano anterior, tendo o resultado apresentado boa aderência ao ritmo da recuperação da atividade econômica."

Na realidade, a Receita Federal minimizou o desempenho negativo da arrecadação em março, argumentando que o mais adequado é fazer uma avaliação das receitas apuradas no acumulado dos três primeiros meses do ano para que não haja interferência do fato de as empresas poderem apresentar a declaração de ajuste para pagamento de tributos entre janeiro e março.

Números da arrecadação

Em março, a arrecadação tributária total atingiu a R$ 109.854 milhões, registrando decréscimo real (calculado pelo IPCA) de 0,58%, em relação a março de 2018.

No trimestre de janeiro e março de 2019, a arrecadação foi de R$ 385.341 milhões, com acréscimo real de 1,09% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta é a maior arrecadação para o período trimestral desde 2014.

Quanto às receitas administradas pela RFB, o valor arrecadado, em março de 2019, foi de R$ 107.912 milhões, registrando um decréscimo real de 0,60%, enquanto no período acumulado de janeiro e março de 2019, chegou a R$ 371.166 milhões, com aumento real de 0,52%.

Para a Receita Federal, a arrecadação registrada no trimestre e suas “projeções estão dentro das previsões do mercado".

Compensações fiscais

De acordo com os dados apresentados pela Receita Federal, as compensações tributárias feitas pelo governo somente em março chegaram a R$ 7,85 bilhões, aumento de 65,92% na comparação com o mesmo mês de 2018. No trimestre, o aumento foi 26,9% ante mesmo período de 2018 ao atingir R$ 23,10 bilhões. As desonerações também subiram. No mês, a alta foi 16,58% para R$ 8,1 bilhões, e, no trimestre, de 11,91% para R$ 23,2 bilhões.

Ainda segundo a Receita Federal, o aumento das compensações ocorreu porque houve um represamento em 2018 devido à lei que proibiu o abatimento de tributo pelos contribuintes que apresentam declaração de IRPJ/CSLL com base na estimativa de lucro.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Autorização para abertura de filiais de empresas estrangeiras já pode ser obtida pela Internet


O Ministério da Economia informa que, desde a semana passada, ficou mais simples para empresários estrangeiros solicitarem autorização do governo federal para abertura de filiais no Brasil antes do registro na junta comercial.

Por meio de um representante legal, o pedido pode ser feito no Portal GovBr, após preenchimento de cadastro, criação de uma conta e envio da documentação necessária.

 O processo eletrônico reduz a burocracia e melhora o ambiente de negócio no Brasil.

Antes da transformação digital do serviço, era preciso entregar a documentação em duas vias, pessoalmente ou pelo correio, ao Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei) do Ministério da Economia.

Agora, os documentos digitalizados podem ser enviados para análise da equipe do Drei via Internet. Na ausência de algum documento, o interessado será informado, via portal e e-mail, e terá o prazo de 60 dias para atender às exigências.

Redução da burocracia

Em caso de aprovação, tanto a autorização quanto os documentos que devem ser apresentados à junta comercial passaram a ser disponibilizados ao usuário no Portal “gov.br”. Anteriormente, uma das cópias do processo era autenticada manualmente. Ou seja, carimbada folha por folha para, só então, ser devolvida ao interessado junto com a autorização publicada no Diário Oficial da União.

Além do processo de instalação e funcionamento, a filial autorizada a funcionar no Brasil poderá, via internet, solicitar autorização para realizar alterações, cancelamento ou mesmo dar início à nacionalização da filial.