segunda-feira, 30 de maio de 2022

Arrecadação de impostos federal bate recordes mês a mês refletindo reaquecimento da atividade econômica

 
Mês a mês a arrecadação tributária federal vem batendo recordes históricos refletindo o aquecimento da atividade econômica do País. Tivemos agora o anúncio da Receita Federal dos resultados da arrecadação de impostos em abril, quando registrou um aumento real (descontada a inflação) de 10,94%, em comparação com o mesmo período de 2021. O total arrecadado em abril de R$ 195 bilhões representa o melhor resultado para o mês desde 1995, um recorde surpreendente em frontal discordância com os eternos detratores críticos da economia nacional.

Sem correção inflacionária, a arrecadação aumentou 24,40% em abril, em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foi de R$ 156,82 bilhões.

Em relação a março deste ano, houve crescimento real de 17,60% no recolhimento de impostos.


O resultado acumulado da arrecadação no quadrimestre de janeiro a abril também é o maior já registrado: R$ 743,21 bilhões, com aumento real de 11,05% em relação ao mesmo período de 2021.

O que motivou o aumento da arrecadação

A Receita Federal destacou o crescimento real de 21,5% da arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em abril, devido ao desempenho da estimativa mensal.

Também houve crescimento de 32,5% no recolhimento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), especialmente nas operações de crédito e em títulos ou valores mobiliários. A Receita apontou ainda a alta de 61,9% na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Capital, em função do aumento dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.

Em compensação, em abril houve perda de receitas com as reduções das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins sobre combustíveis.

Renúncia fiscal

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 29,492 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficaram em R$ 24,482 bilhões. Apenas no mês de abril, as desonerações totalizaram R$ 10,160 bilhões, também acima do registrado em abril do ano passado (R$ 7,196 bilhões).

Receitas administradas pela RFB

Considerando somente as receitas administradas pela RFB, houve elevação real de 7,36% no mês passado, na comparação com o mesmo mês em 2021, totalizando R$ 172,026 bilhões. A alta nominal ficaria em 20,39%.

No ano, as receitas administradas somaram R$ 691,378 bilhões, acréscimo real de 8,48% e alta nominal de 20,45%

Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 23,059 bilhões no mês passado, aumento real de 47,63% na comparação com o mesmo mês de 2021. Em termos nominais, essas receitas subiram 65,54% em abril em relação ao mesmo mês de 2021.

No ano, a receita própria de outros órgãos somou R$ 51,839 bilhões, o que corresponde a aumento real de 62,39% ante o mesmo período de 2021.

Destaques de abril de 2022, segundo a Receita Federal

  • O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido totalizaram uma arrecadação de R$ 48.104 milhões, com crescimento real de 21,53%. Esse desempenho é explicado pelos acréscimos de 36,11% na arrecadação da estimativa mensal, de 12,24% na arrecadação do balanço trimestral e de 11,39% na arrecadação do lucro presumido. Importante observar que houve pagamentos atípicos de, aproximadamente, R$ 3 bilhões, por empresas ligadas ao setor de commodities.
  • A Receita Previdenciária teve arrecadação de R$ 42.613 milhões, com acréscimo real de 7,69%. Esse resultado pode ser explicado pelo aumento da massa salarial por meio da criação de novos postos de trabalho e pelo bom desempenho da arrecadação do Simples Nacional em relação à abril de 2021. Além disso, houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18.
  • O IRRF - Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 5.963 milhões, com acréscimo real de 61,93%. Esse resultado pode ser explicado pelos acréscimos nominais de 390% na arrecadação do item “Fundos de Renda Fixa”, e de 133% na arrecadação do item “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)”.

Destaques do quadrimestre janeiro-abril de 2022

  • O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido totalizaram uma arrecadação de R$ 196.688 milhões, com crescimento real de 22,57%. Esse desempenho é explicado pelos acréscimos reais de 84,46% na arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, e de 19,19% na arrecadação da estimativa mensal. Além disso, houve pagamentos atípicos da ordem de 18 bilhões, feitos por empresas ligadas ao setor de commodities.
  • A Receita Previdenciária teve arrecadação de R$ 170.899 milhões, com acréscimo real de 4,77%. Esse resultado pode ser explicado pelo aumento da massa salarial por meio da criação de novos postos de trabalho e pelo aumento real de 22% na arrecadação do Simples Nacional em relação ao quadrimestre de 2021. Além disso, houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18.
  • O IRRF - Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 22.556 milhões, com acréscimo real de 46,49%. Esse resultado pode ser explicado pelos acréscimos nominais de 316% na arrecadação do item “Fundos de Renda Fixa”, e de 125% na arrecadação do item “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)”.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

12 milhões de contribuintes ainda não declararam o seu Imposto de Renda

Até as 11 horas de hoje (16/05), mais de 22 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2022, ano-calendário 2021, tinham sido entregues à Receita Federal. No entanto, segundo estimativas da própria Receita Federal, cerca de 12 milhões de pessoas físicas ainda não acertaram as suas contas com o Leão do Imposto de Renda.

Foram entregues até agora 22.288.470, ou seja, 65,4% do total de 34,1 milhões de declarações que a Receita Federal espera receber este ano.

O prazo para a entrega da declaração vigora até às 23h59 do dia 31 deste mês de maio. O prazo original de entrega era até 29 de abril, mas a Receita Federal decidiu prorrogar por mais um mês.

Quem for obrigado a declarar e não cumprir o prazo está sujeito a multa de no mínimo R$ 165,74 e no máximo 20% do imposto devido.

São obrigados a declarar IR os contribuintes que receberam, em 2021, rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste anual, acima de R$ 28.559,70. Além destes, devem declarar o imposto aqueles que tiveram, no ano passado, rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte em valor superior a R$ 40 mil, como os de aplicações financeiras, doações, heranças, partilha de divórcio, meação, indenizações, dividendos e juros sobre capital próprio, e os que tiveram, em 2021, receita bruta anual decorrente de atividade rural superior ao limite de R$ 142.798,50.

A obrigação incide também sobre o contribuinte que tinha, em 31 de dezembro de 2021, posse ou propriedade de bens e direitos, inclusive terra nua, em valor superior a R$ 300 mil e sobre aqueles que obtiveram, em qualquer mês do ano passado, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência de imposto ou realizou operações em bolsa de valores.

Restituição através do Pix

A partir deste ano, a declaração permite indicar a chave Pix do tipo CPF para receber a restituição. O CPF deve ser do titular da declaração. Outra opção é indicar diretamente a conta bancária, mas a lista é limitada às instituições que fazem parte da rede arrecadadora de receitas federais.