terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Arrecadação tributária cresce 0,10% em outubro, após quatro meses de queda

Embora tenha aumentado um pouco em outubro, após quatro meses de queda, a arrecadação federal chegou a R$ 1,907 trilhão, de janeiro a outubro de 2023, sendo o pior volume acumulado no ano para o período desde 2021 (R$ 1,776 trilhão), em valores corrigidos pelo IPCA. O montante representa uma redução real de 0,68% na comparação com os primeiros dez meses de 2022.

No entanto, em outubro, a arrecadação tributária chegou a R$ 215,602 bilhões, com uma pequenina alta real (descontada a inflação) de 0,10% na comparação com o resultado de outubro de 2022, quando o recolhimento de tributos somou R$ 205,475 bilhões, em termos nominais.

Em relação a setembro deste ano, a arrecadação cresceu 23,39%. Segundo a Receita Federal, esse é o melhor resultado para meses de outubro, em termos reais, na série histórica iniciada em 1995.

A Receita Federal apontou em outubro um crescimento real de 3,28% na arrecadação da Contribuição Previdenciária, em razão do crescimento da massa salarial. Destacou ainda o crescimento real de 8,20% da arrecadação de PIS/Cofins devido ao avanço de vendas e de serviços, além da reoneração da gasolina.

Por outro lado, a Receita citou a redução real de 12,98% na arrecadação de IRPJ e CSLL e a queda real de 12,25% nos recolhimentos do balanço trimestral.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, destacou que a arrecadação de outubro foi positiva em todos os tributos, e a expectativa é de haja melhora até o final deste ano.

“Creditamos isso à recuperação do ritmo da atividade econômica nesse finalzinho do ano. Há uma expectativa de que esse final do ano tenha uma recuperação mais acentuada da atividade econômica, não obstante alguns setores apresentem um desempenho negativo em relação ao ano anterior. Há expectativa positiva em relação a isso”, disse Malaquias em entrevista à imprensa ao anunciar os resultados da arrecadação.