segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Mesmo com a recessão, arrecadação tributária aumentou para R$ 1,28 trilhão em 2016, mas perdeu para a inflação


Apesar da diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) estimada em 3,5% no ano passado, em plena recessão econômica, a arrecadação tributária do governo federal aumentou 5,60%, a preços correntes, ou seja, sem descontar a inflação, para um total de R$ 1,28 trilhão em 2016, demonstrando que a atividade econômica continuou gerando receitas nada desprezíveis ao governo.


Descontada a inflação, porém, a receita tributária do governo federal caiu 2,97% no ano passado. A Receita Federal utiliza o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para ajustar as contas da arrecadação. O gráfico acima mostra a evolução crescente da arrecadação tributária, sem ajuste pela inflação, no período recessivo de 2013 a 2016.

A inflação conta, sim. Afinal, como dizia aquele empresário: “Inflação é custo”. Exemplo disto são os reajustes salariais que geralmente são ajustados pela inflação, mais um ganho real a título de produtividade que atualmente foi capado pela recessão econômica.

A arrecadação perdeu, portanto, para a inflação nos últimos anos, paralelamente à recessão econômica, e não foi pior no ano passado graças ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT), que fez com que entrasse no caixa da União mais R$ 46,8 bilhões, e ao programa Refis de parcelamentos de débitos tributários. Sem estes dois programas, a arrecadação teria caído 4,27% em termos reais em 2016.

PIS/Cofins, Imposto de Importação e IPI

Estes três tributos - PIS/Cofins, Imposto de Importação e IPI - foram os principais fatores responsáveis pela queda da arrecadação em 2016.

A receita do PIS/Cofins tradicionalmente acompanha o comportamento do consumo familiar e caiu R$ 19,5 bilhões ou 6,89%, em comparação com a receita registrada em 2015.

A arrecadação do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado às importações registrou uma queda de R$ 16,13 bilhões ou 26,05%, refletindo uma forte redução de compras de produtos feitas em outros países.

Desonerações tributárias e repatriação

A contribuição previdenciária arrecadou menos R$ 14,09 bilhões, o que mostra o fraco desempenho do mercado de trabalho no ano passado.

As desonerações tributárias totais caíram de R$ 105,3 bilhões em 2015 para R$ 90,67 bilhões no ano passado. Só a redução das desonerações em folha respondeu por dois terços do total reduzido.

A repatriação de recursos respondeu por R$ 46,8 bilhões da arrecadação em 2016. O Refis, programa de parcelamento de dívidas tributárias, resultou em R$ 6,9 bilhões.

Tendência está mais favorável agora à arrecadação

Ao divulgar os resultados da arrecadação na sexta-feira passada, a Receita Federal avaliou que as receitas tributárias do governo federal estão se recuperando desde outubro do ano passado, ou seja, salientou que a queda vem se amenizando mês a mês, dando sinais de que será mais favorável este ano.

Até setembro, a redução observada no recolhimento de impostos e contribuições era de 7,54%. Em outubro, essa retração passou para 3,46%, em novembro, para 3,16% e, em dezembro, para 2,97%.

Os setores da economia que mais impactaram negativamente a arrecadação no ano passado foram os de combustíveis, fabricação de veículos, comércio atacadista, comércio varejista, metalurgia e construção de edifícios.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda 2017 começa no dia 2 de março e vai até 28 de abril

O cronograma de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2017, divulgado nesta sexta-feira pela Receita Federal, estabelece que o prazo de entrega das declarações de IRPF este ano vai de 2 de março a 28 de abril.
A partir de 23 de fevereiro o programa gerador da declaração já estará disponível aos contribuintes no site da Receita Federal. Os programas do Carnê-Leão e Ganho de Capital poderão ser baixados no site a partir do próximo dia 20 de janeiro.
No programa do IRPF, além da Declaração de Ajuste Anual e do programa gerador da declaração, há aplicativos como o programa de Apuração dos Ganhos de Capital, o Carnê Leão e o rascunho da declaração, que permite efetuar o rascunho da declaração a ser entregue no ano seguinte.
Segundo a Receita, na segunda quinzena de janeiro será publicada portaria com a tabela de reajuste do salário para aplicação das alíquotas da contribuição previdenciária. A portaria será publicada após a divulgação pelo IBGE do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), previsto para 11 de janeiro de 2017.
O contribuinte deve se organizar o quanto antes para evitar erros e omissões que levam à malha fina do Fisco. Além disso, quanto antes o documento for entregue, mais cedo vem a restituição.

Documentos importantes

1 - Cópia da declaração entregue em 2016 (ano-calendário 2015).
2 - Informes de rendimentos de instituições financeiras, bem como de salários, pró-labore, distribuição de lucros, aposentadorias etc. recebidos em 2016.
3 - Controle de compra e venda de ações, com apuração mensal de imposto em 2016.
4 - Recibos e notas fiscais relativos a despesas com saúde em 2016.
5 - Comprovantes de despesas com instituições de ensino em 2016.
6 - Recibos de pagamentos à previdência privada e oficial em 2016.
7 - Recibos de aluguéis pagos ou recebidos durante 2016.
8 - Documentos que comprovem venda ou compra de bens em 2016.
9 - Recibos de pagamentos de prestação de bens como imóvel e carro.
10 - Documentos comprobatórios de dívidas assumidas em 2016.
11 - Comprovantes de despesas do livro-caixa (para prestadores de serviços autônomos)de 2016.
12 - Darfs de carnê-leão pagos em 2016.
13 - Comprovante de doações para fins de incentivos fiscais (Fundos da Criança e do Adolescente, Lei Rouanet, Audiovisuais etc.) efetuados em 2016.
14 - Todos os documentos acima referentes a dependentes, além do número do CPF de dependentes maiores de 18 anos e de todos os alimentandos.
15 - Dados da conta bancária para restituição ou débito das cotas do imposto.