Ou seja, do preço médio de R$ 250 da camisa oficial da Seleção cerca de R$ 86 são arrecadados pelo governo. Todos os produtos da Copa sofrem alta incidência de impostos, segundo a pesquisa. Enquanto o álbum de figurinhas da Copa paga impostos de 43,19%, a alíquota para a bandeira do Brasil chega a 36,2%.
Outros produtos muito consumidos e taxados durante a Copa Mundial de Futebol são caipirinha (76,6%), fogos de artifício (61,56%), cerveja (55,6%), bola de futebol (48,49%), refrigerante (46,47%), buzina (45,59%), televisor (44,94%), chuteira e tinta (36,17%), balão e corneta (34%).
Na realidade, são vários impostos e contribuições que incidem sobre a camisa verde-amarela e todos esses produtos, quais sejam:
- Programa de Integração Social (PIS).
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
- Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
“O que mais onera é a incidência conjunta do ICMS com o IPI, pois os dois impostos possuem altas taxas e por isso pesam mais no bolso do torcedor”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). “O brasileiro é um dos povos que mais pagam impostos do mundo. No entanto, é um dos que menos veem os valores pagos revertidos em serviços públicos. Esse é um jogo que todos os brasileiros ainda precisam vencer”.