Em dezembro, mês do pagamento de 13º salário e festas de fim de ano quando geralmente ocorre o maior consumo do ano, a arrecadação registrou aumento de 18,34%, em relação a novembro do ano passado.
O aumento da arrecadação de impostos e contribuições no ano passado comprova que a atividade econômica se manteve em constante expansão, sob baixos índices, porém a passos consistentes, após o período recessivo de 2016-2017. Este, portanto, é um indicador importante do desempenho da economia.
Entre os fatores para a alta da arrecadação em 2018 está o crescimento de 12,37% na arrecadação do IRPJ/CSLL e de 6,78% na Cofins e PIS/Pasep. A Receita Federal apontou também, ao divulgar os resultados, o crescimento das arrecadações relacionadas a depósitos judiciais e o incremento de ações de cobrança.
Desonerações oneram caixa do governo
As desonerações concedidas pelo governo foram de R$ 84,23 bilhões em 2018 (R$ 83,64 bilhões, em 2017). Em dezembro, as desonerações foram de R$ 8,26 bilhões.
A desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 11,99 bilhões em 2018 (R$ 2,11 bilhões em dezembro).
Consumo aumentou e contribuiu para aumento da arrecadação
Ao anunciar os resultados da arrecadação no ano passado, a Receita Federal destacou que o aumento da massa salarial em dezembro corroborou com o crescimento da arrecadação previdenciária, ou seja, a tributação sobre o consumo teve bom desempenho, porém, houve queda nos impostos relacionados à produção industrial e ao valor em dólar das importações, que apresentaram recuo na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Destaque também para o crescimento de 14,93% na arrecadação do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em dezembro, o que significa, segundo a Receita Federal, que “as empresas estão tendo um bom desempenho e projetando melhores resultados".