quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Receita Federal envia cartas a contribuintes com Declaração do IRPF 2020 retida na malha fina

A Receita Federal começa nesta quinta-feira (29/10) a enviar cartas a contribuintes de todo o país, cuja Declaração do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) exercício 2020, ano-base 2019, esteja retida em malha fiscal, para que os próprios contribuintes promovam a autorregularização. 

Trata-se de ação destinada a estimular os contribuintes a verificarem o processamento de suas Declarações de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) e, caso constatem erro nas informações declaradas ao Fisco, providenciarem correção.

Serão enviadas 334 mil cartas no período de 29 de outubro a 1º de novembro, somente para contribuintes que podem se autorregularzar, isto é, aqueles que não foram intimados nem notificados pela Receita Federal .

Não é necessário comparecer à Receita Federal

Para saber a situação da DIRPF apresentada, basta consultar as informações disponíveis na página da Receita Federal na internet ( https://www.gov.br/receitafederal/pt-br ), no menu "Onde Encontro?", na opção "Extrato da DIRPF (Meu Imposto de Renda)", utilizando código de acesso ou uma conta Gov.br. A declaração retida em malha fiscal sempre apresenta mensagem de “pendência”. Junto com a pendência, são fornecidas orientações de como proceder no caso de erro na declaração apresentada.

As comunicações referem-se a casos em que as informações constantes nos sistemas da Receita Federal apresentam divergências que podem ser sanadas com a retificação da DIRPF anteriormente apresentada.

Quem apresenta Declaração do IRPF deve sempre consultar o extrato do processamento da DIRPF apresentada. Não é preciso aguardar nenhuma comunicação da Receita para fazer essa consulta. Em até 24 horas após a apresentação da Declaração, as informações sobre o processamento estão disponíveis no extrato.

A sugestão para quem retificar a declaração é acompanhar o seu processamento por meio do serviço disponível na internet: Extrato da DIRPF. Essa é a maneira mais rápida de saber o que ocorreu no processamento da declaração e se há pendências que podem ser resolvidas pelo próprio contribuinte.

A Receita Federal adverte que, caso o contribuinte não aproveite a oportunidade, poderá ser intimado formalmente para comprovação das divergências. A autorregularização pode evitar autuação fiscal e multas de ofício.

Após receber intimação, não será mais possível fazer qualquer correção na declaração e qualquer exigência de imposto pelo Fisco será acrescida de multa de ofício de, no mínimo, 75% do imposto que não foi pago pelo contribuinte, ou que foi pago em valor menor do que o devido.





































sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Receita abre hoje consulta a lote residual de restituição de R$ 560 milhões do IR


 







Por Kelly Oliveira - Agência Brasil - Brasília - Foto de Marcello Casal Jr

A Receita Federal abriu hoje (23/10/2020), a consulta ao lote residual de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). O crédito bancário para 273.545 contribuintes será feito no dia 30 de outubro, totalizando R$ 560 milhões.  

Desse valor, R$ 211.773.065,86 são destinados aos contribuintes com prioridade legal: 5.110 idosos acima de 80 anos, 38.301 entre 60 e 79 anos, 4.636 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 21.244 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Foram contemplados ainda 204.254 contribuintes não prioritários, que entregaram a declaração até o dia 5 deste mês.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar o site da Receita Federal. Na consulta ao Portal e-CAC, é possível acessar o serviço Meu Imposto de Renda e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones que facilita a consulta às declarações do IR e à situação cadastral no CPF. Com ele é possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições e a situação cadastral.

Caso a restituição tenha sido liberada, mas o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. O contribuinte também poderá fazer o agendamento no site do BB.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento por meio do Portal e-CAC, no serviço Meu Imposto de Renda, na opção Solicitar Restituição não Resgatada na Rede Bancária.


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Vem aí a CPMF ou Imposto sobre Transações Digitais


Ao que tudo indica, a CPMF ou Imposto sobre Transações Digitais, como denomina o governo, tende a ser aprovada ainda este ano e instituída a partir de 2021. Seria este um “imposto extraordinário” para situações especiais como a do coronavírus? Veja, no YouTube, a minha apresentação sobre este polêmico tema.

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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Atividade econômica se recupera e arrecadação tributária aumenta em agosto

 

Em agosto dissemos aqui no BLOG que a arrecadação em julho já começara a se recuperar, significando uma reação da atividade econômica, após o impacto da crise do coronavírus. Pois bem, a arrecadação total das Receitas Federais saltou de R$ 115,99 bilhões, em julho, para R$ 124,50 bilhões, em agosto, um aumento nominal de 6,8%.

A arrecadação em agosto registrou um acréscimo real (descontada a inflação pelo IPCA) de 1,33%, em relação a agosto de 2019. 

No período acumulado de janeiro a agosto de 2020, a arrecadação alcançou o valor de R$ 906 bilhões, representando um decréscimo pelo IPCA de 13,23%.

Quanto às Receitas Administradas pela RFB, o valor arrecadado, em agosto de 2020, foi de R$ 121.993 milhões, representando um acréscimo real (IPCA) de 1,32%, enquanto no período acumulado de janeiro a agosto de 2020, a arrecadação alcançou R$ 869.750 milhões, registrando decréscimo real (IPCA) de 13,02%.

Em trajetória ascendente

O resultado tanto do mês quanto do período acumulado foi bastante influenciado pelos diversos diferimentos decorrentes da pandemia de coronavírus. Os diferimentos somaram, aproximadamente, R$ 64,5 bilhões no período acumulado e em agosto os contribuintes iniciaram o pagamento de tributos diferidos relativos a períodos de apuração anteriores.

As compensações cresceram 97,88% no mês de agosto de 2020, em relação a agosto de 2019, e também apresentaram crescimento de 53,62% no período acumulado. Destaca-se, ainda, que no período observaram-se receitas extraordinárias de IRPJ/CSLL que contribuíram para o resultado.

“Estamos em trajetória ascendente de arrecadação”, declarou à imprensa o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, manifestando que o resultado da arrecadação em setembro deva ser melhor que o de agosto, devido à recuperação dos índices que medem a atividade econômica, como vendas no varejo, consumo e produção industrial.

Em agosto, segundo a Receita Federal, as empresas conseguiram pagar integralmente os impostos e contribuições de abril, cujo recolhimento havia sido adiado para agosto por causa da pandemia, contribuindo para o resultado positivo no mês.

Desonerações

O governo deixou de arrecadar R$ 77,2 bilhões de janeiro a agosto devido a desonerações tributárias. No mesmo período do ano passado, abriu mão de R$ 64,4 bilhões. Apenas em agosto, as desonerações somaram R$ 10,6 bilhões.

No ano, somente com Simples e MEI (Microempreendedor Individual) o governo deixou de receber R$ 10,2 bilhões em tributos. Além disso, a desoneração da cesta básica contribuiu para uma redução de R$ 8,2 bilhões na arrecadação. A redução do IOF crédito teve impacto de R$ 11 bilhões.

Receita Federal recebeu quase 5,8 milhões de declarações de ITR dentro do prazo regulamentar

Até o dia 30/09/2020, último dia do prazo regulamentar de entrega das DITR2020, foram entregues à Receita Federal 5.796.348 declarações em meio eletrônico. Em 2019, O número de documentos entregues no prazo regulamentar foi de 5.795.148. Portanto, a recepção em meio eletrônico, neste ano, foi de 1.200 declarações a mais do que no ano passado, o que representa um acréscimo de, aproximadamente, 0,02%.

A partir de 01/10/2020, continua a recepção das DITR2020, após o prazo regulamentar, com lançamento de multa por atraso na entrega da declaração; a Notificação de Lançamento da Multa por Atraso e o correspondente Darf para pagamento da multa serão emitidos pelo PGD.