terça-feira, 25 de janeiro de 2022

1 trilhão e 878 bilhões de reais foi o recorde histórico da arrecadação tributária federal em 2021

  

Como já tinha antecipado na postagem “Crescimento econômico fez arrecadação tributária bater recorde em 2021 no melhor desempenho desde o ano 2000”, publicada aqui em 27/12/2021, a Receita Federal confirmou hoje que o Brasil encerrou o ano de 2021 registrando a maior arrecadação tributária na série histórica desde 1965, impulsionada pela forte recuperação da atividade econômica após o auge da crise sanitária.

O aumento real – já descontada a inflação – da receita tributária foi, em 2021, de 17,36%, chegando a 1 trilhão e 878 bilhões, comparado ao total arrecadado de 1 trilhão e 479 bilhões em 2020.

Em dezembro do ano passado, o aumento da arrecadação foi de 10,76%, comparado com o mesmo mês de 2020, chegando a R$ 193,9 bilhões.

Retomada se mantém em 2022

Ao anunciar os resultados, secretário especial da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, comemorou o recorde e afirmou que os dados preliminares de janeiro indicam a continuidade da retomada em 2022.

 “O aumento da arrecadação em 2021 foi muito expressivo. Há muito o que comemorar, considerando que ainda estamos em meio a uma pandemia. Tivemos aumento expressivo em tributos sobre lucros e rendimentos das empresas e também no Imposto de Renda de pessoas físicas”, disse o Secretário da Receita Federal.

Eis os principais pontos destacados pela Receita Federal, ao anunciar os resultados da arrecadação tributária em 2021:

  • O ótimo resultado da arrecadação em 2021 se deve à retomada da economia e da lucratividade das empresas no ano passado. 
  • O aumento real – já descontada a inflação – da receita tributária foi, em 2021, de 17,36%, chegando ao total de 1 trilhão e 878 bilhões.
  • Os dados de janeiro também apontam retomada crescente da arrecadação em 2022.
  • "Fatores não recorrentes", como recolhimentos extraordinários, também ajudaram a melhorar a arrecadação.
  • Houve aumento expressivo em tributos sobre lucros e rendimentos das empresas e no imposto de renda de pessoas físicas.
  • O governo registrou também um recolhimento extraordinário de R$ 40 bilhões em Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 2021. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, informou que marcou uma alta expressiva a arrecadação tributária nos setores de metalurgia e extração de minerais em 2021, refletindo a valorização dos preços das commodities ou produtos básicos, como minério de ferro, no mercado mundial.
  • As receitas administradas exclusivamente pela Receita Federal tiveram um aumento real de 9,82% no mês passado, somando R$ 188,99 bilhões.
  • O recorde da arrecadação aconteceu apesar das compensações tributárias realizadas pelas empresas terem crescido 14,4% em 2021, para R$ 216,31 bilhões, em comparação com R$ 189,06 bilhões em 2020. Este é o total que o Fisco deixou de arrecadar no ano passado.
  • Por sua vez, diminuiu os diferimentos (adiamentos de pagamentos de tributos) que vigoraram em 2020, reforçando o caixa do governo em R$ 19,7 bilhões em 2021.
  • O aumento das alíquotas do IOF, que ajudou a financiar o novo programa Auxílio Brasil no fim do ano passado, contribuiu com R$ 2,13 bilhões. 
  • A redução da alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis reduziu a arrecadação em R$ 2,13 bilhões no ano passado.
  • As desonerações concedidas pelo governo resultaram em renúncia fiscal de R$ 93,75 bilhões em 2021. O montante foi menor que os R$ 101,741 bilhões registrados e

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Receita Federal eleva para U$ 1.000 limite de isenção de impostos para compras trazidas por viajantes do exterior

 

Portaria da Receita Federal ME nº 15.224, publicada em 31/12/2021, no Diário Oficial da União (DOU), elevou, desde o dia 1º do ano, para U$ 1.000, as cotas de isenção para produtos trazidos em suas bagagens por viajantes do exterior, seja por via terrestre, fluvial ou lacustre. Antes, o limite era de US$ 500.

Para compras feitas nos free shops, a cota de isenção foi elevada de US$ 300 para US$ 500 para viajantes que entram por via terrestre ou fluvial.

A cota para as free shops de fronteira terrestre, fixada em US$ 300,00 desde 2014, precisou ser readequada após a alteração da cota de free shops de portos e aeroportos, passando, em janeiro de 2020, de US$ 500,00 para US$ 1.000,00.

A cota de isenção de bagagem para viajantes que chegam ao Brasil por via aérea ou marítima permaneceu em U$ 500,00 desde 1995, ou seja, durante mais de 26 anos.

“As alterações efetuadas buscam readequar os valores até então vigentes minimizando o efeito inflacionário ocorrido em todo o mundo nas últimas décadas e gerando benefícios diretos e imediatos para os viajantes”, diz nota da Receita Federal.

Certidões negativas só pela internet

Somente pela internet será possível agora, desde o dia 1º de janeiro de 2022, a emissão e liberação pela Receita Federal de certidões negativas de débitos (CND) e positivas com efeitos de negativa de débitos (CPEN).

A alteração foi estabelecida na portaria conjunta nº 103, de 20 de dezembro de 2021, publicada pela Receita e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). 

Segundo informou a Receita Federal, nos casos em que não for possível emitir a certidão automaticamente pelo site da Receita ou Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o pedido de liberação da certidão, acompanhado da comprovação da solução das pendências impeditivas, deverá ser protocolado exclusivamente pela internet, via processo digital, disponível no portal de serviços da Receita Federal, o e-CAC.