É isto o que apontou uma pesquisa realizada e divulgada
pela Datafolha. Esses produtos considerados prejudiciais à saúde, sobretudo
cigarros e bebidas alcoólicas, estão sendo alvo por mais taxação nas discussões
da reforma tributária no Congresso.
A pesquisa teve abrangência nacional ouvindo a opinião
presencialmente de 2.009 pessoas, entre os dias 7 e 11 de outubro.
Alimentos ultraprocessados são formulações industriais à
base de substâncias extraídas de alimentos, com adição de conservantes,
corantes e aromatizantes, para aumentar sua durabilidade e sabor, mas com pouco
ou nenhum valor nutricional. Nos últimos anos aumentaram as evidências dos
efeitos negativos do consumo excessivo dessas bebidas e alimentos pelas
pessoas, suscetíveis a maior risco de doenças como obesidade, diabetes,
hipertensão, câncer e depressão.
Por isso tem havido um debate acalorado no Congresso em
torno do novo Imposto Seletivo ou imposto do pecado destinado a conter o
consumo desses produtos que podem prejudicar a saúde das pessoas.
As informações ao consumidor impressas nos rótulos das
embalagens alertando para altos índices de sódio, açúcar ou gordura, em vigor
desde 2022, já é vista como sinal de risco para as pessoas:
A pesquisa revelou que 66% dizem ser a favor de que esses
alimentos sejam taxados mais intensamente. Há também há um consenso de 69%
entre os pesquisados de que não é bom haver alimentos ultraprocessados nas
cantinas escolares.
Segundo ainda a pesquisa, 90% das pessoas consideram que é
desejável que sejam feitas alertas, tais como os dos pacotes de cigarro, também
nas embalagens de bebidas alcoólicas. Sete a cada dez pessoas concordam que
deve haver restrições para propagandas na TV, em redes sociais e em eventos
esportivos e culturais para a cerveja, tal como há para outras bebidas, como
vinho e whisky.
Quanto aos cigarros e outros produtos para fumar, que
atualmente já são altamente taxados, três quartos dos pesquisados concordaram
que os impostos devem ser aumentados ano a ano, de forma a desestimular o
consumo. Também devem permanecer proibidos os produtos aromatizados e
saborizados (baunilha, cravo, menta etc) e os cigarros eletrônicos e vapes.
Para 80% da população, as empresas que fabricam cigarros
deveriam ressarcir o SUS (Sistema Único de Saúde) pelo tratamento de doenças
provocadas pelo tabagismo, como câncer de pulmão e enfisema pulmonar.
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