segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Como são taxados os produtos importados pela internet ou trazidos nas malas de bagagem do exterior – 1ª parte
Queixam-se consumidores de produtos importados pela internet e viajantes brasileiros ao exterior a respeito da alta taxação imposta pelo governo brasileiro aos produtos estrangeiros. Há quem fique surpreso ao tomar conhecimento dos impostos que incidem sobre essas importações de consumo, talvez por desconhecimento dos procedimentos e critérios utilizados pela Receita Federal do Brasil. Pois o governo vem aprimorando dia a dia os controles sobre as importações pela internet e sobre as bagagens trazidas pelos turistas brasileiros, apertando o cerco aos contribuintes.
Além de adotar um novo sistema de fiscalização da Alfândega para controle mais rigoroso na liberação das bagagens do exterior nos aeroportos brasileiros, cruzando dados da Polícia Federal e do Fisco com informações das companhias aéreas, o governo vai também taxar todos os pacotes de produtos comprados pela internet em lojas internacionais, principalmente da China e dos Estados Unidos.
Esse novo sistema de fiscalização e controle de produtos importados está em testes e previsto para entrar em pleno vigor a partir de janeiro de 2015, durante o período de férias quando aumenta o fluxo turístico internacional.
Importações não param de aumentar
Um dos motivos fortes para adoção das novas medidas governamentais nesse importante segmento da economia é que a quantidade de compras que chegam ao país não para de crescer, pulando de 1,2 milhão de pacotes por mês no início de 2013, para 1,7 milhão de pacotes atualmente.
As importações têm aumentado consideravelmente pois sites de compras internacionais, sobretudo chineses como a DealExtreme, estão na preferência dos brasileiros, onde encontram grande variedade de produtos, preços muito inferiores aos encontrados no mercado nacional e com uma estrutura de atendimento ao consumidor que funciona a contento permitindo pagamento mediante cartão de crédito e boleto bancário.
Muitos consumidores dizem que receberam suas remessas sem pagar o imposto de importação. Na realidade, boa parte das compras de produtos importados têm sido entregues aos compradores brasileiros sem qualquer taxação, apenas porque a Receita Federal não dispunha de estrutura suficiente para a verificação de todos os pacotes. Somente uma parcela menor vinha sendo selecionada para amostragem e, neste caso, o consumidor recebe uma correspondência para pagar o imposto e retirar o produto numa agência dos Correios.
O novo sistema em implantação pela Receita Federal não deixará pacotes de produtos sem que sejam tributados ou pelo menos a maioria deles. Através de um acordo feito com os Correios de outros países para troca de informações das remessas, logo que seja feita a emissão de um pacote de venda no exterior, o site de compras informará seu respectivo valor e outros dados ao serviço postal local e este, por sua vez, repassará estas informações aos Correios, permitindo que o sistema da Receita calcule as taxas.
Novo sistema vai detectar remessas irregulares
Informações da Divisão de Controles Aduaneiros Especiais da Receita Federal dão conta de que o sistema estará capacitado a identificar também remessas com informações irregulares, ou seja, com valores declarados inferiores aos efetivamente cobrados. O novo sistema também informará com antecedência ao comprador o valor das taxas a serem pagas através da internet ou por correspondência, podendo receber as compras em sua residência em vez de ter que retirá-las nos Correios, como acontece atualmente.
Esperam as autoridades que o novo sistema de fiscalização aduaneira elevará o número de remessas ou importações que terão cobranças de impostos devidos. Depósitos de checagem dos produtos estão instalados em locais estratégicos como Miami (EUA) e Hong Kong (China). A intenção é fazer uma triagem inicial das mercadorias a partir destes dois postos internacionais que fornecerão informações sobre as remessas do exterior antes de aportarem no País.
Diante do aperto geral do Fisco aos contribuintes brasileiros que compram produtos no exterior, nada mais aconselhável do que conhecer os trâmites e a malha de impostos que incidem sobre os produtos importados, visando uma compra mais segura, cujos preços caibam em seu bolso e para evitar ainda decepcionar-se com o Leão da Receita Federal.
A carga tributária incidente sobre os produtos importados pelos brasileiros é tão alta que faz com que os preços finais dessas importações sejam 100% ou mais, superiores aos similares nacionais. Vale portanto pesquisar para encontrar um produto similar de qualidade no mercado brasileiro a preços mais em conta. Devido ao menor custo dos produtos fabricados pela China, os preços finais dos produtos importados através dos sites chineses são compatíveis ou menores que os made in Brazil. Neste caso vale a pena a importação pagando os impostos devidos.
Porém, mesmo com toda essa pesada carga tributária sobre os bens de consumo importados, é válido analisar os prós e os contras e ver se a transação vale a pena. O primeiro aspecto que se deve levar em consideração é a disponibilidade da mercadoria desejada no mercado interno. Caso exista um similar nacional, comparando-se- as alíquotas incidentes, é provável que a diferença de preços em relação a um similar fabricado em outro país seja pouco significativa.
Não há limites mensais para importação feita por pessoa jurídica, contudo caso haja frequência nas importações efetuadas por pessoa física, tal ação poderá ser qualificada como atividade comercial e o importador poderá ser intimado à Receita Federal para dar explicações. A importação por pessoa física somente poderá ser realizada em quantidade que não revele prática de comércio.
Fiscalização nos aeroportos e Free Shops
Pelo novo sistema de controle aduaneiro que checará as informações transmitidas pelas companhias aéreas com as informações da Receita Federal e da Polícia Federal, os fiscais da Receita que atuam em aeroportos poderão saber com antecedência o peso da bagagem, o local de origem e a duração da viagem, de tal forma que o Fisco poderá decidir quais malas de bagagem serão verificadas, antes de o avião pousar no Brasil.
Bens de uso pessoal, como relógio de pulso, celular e máquina fotográfica não são tributados e não são portanto contabilizados na cota de importação. No entanto, a isenção se aplica a apenas uma unidade de cada produto, e eles têm que ser obrigatoriamente usados. Se o viajante retornar ao Brasil com mais um desses objetos, o produto deixa de ser considerado de uso pessoal e passa a integrar a cota para cálculo de imposto.
Notebooks, tabletes e câmeras filmadoras serão tributados se os valores ultrapassarem a cota de importação. Aparelhos para uso profissional no exterior terão isenção, mas isso precisa ser comprovado. Os vestuários são também considerados de bens de uso pessoal e isentos de impostos, desde que sejam usados no exterior.
Não esquecer das notas fiscais de bens importados porém que não foram adquiridos durante a viagem. A Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV) emitida para viagens anteriores vale como prova em novas viagens. Também serve a nota emitida pelos Correios comprovando o pagamento de imposto de importação.
Os turistas podem trazer em suas bagagens ou comprar em Free Shops de desembarque, 12 litros de bebidas alcoólicas por pessoa; 25 unidades de charutos e cigarrilhas; 10 maços de cigarros estrangeiros; 20 unidades de souvenirs (até US$ 10 cada); e 250 gramas de fumo. A cota para compras de produtos em lojas de desembarque no Brasil é de US$ 500 (R$ 1.325,00). É como se o viajante ganhasse uma segunda cota com isenção de imposto de importação.
As compras nos Free Shops de saída do Brasil ou de outros países, porém, são incluídas no cálculo da cota de U$ 500, com o valor excedente sendo tributado com uma alíquota de 50%.
O transporte de dinheiro em espécie em quantia igual ou superior a R$ 10 mil, em reais ou moeda estrangeira, terá de ser obrigatoriamente declarado utilizando-se a Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV) pela internet.
Por que existe o imposto sobre importação?
A finalidade do imposto de importação é proteger o mercado interno brasileiro, ou seja, é um imposto de regulação e não para gerar arrecadação. A tendência do comprador é encontrar o menor preço possível para o produto com a melhor qualidade possível. Como o produto similar fabricado no Brasil agrega custos superiores aos produzidos em outros países (custos fiscais, mão de obra etc.), o governo taxa as importações desse produto, elevando seu preço acima do preço da versão nacional. Se isso não ocorresse, os consumidores com certeza optariam pelo produto importado, gerando prejuízos para os fabricantes nacionais, desaquecimento no mercado interno e aumento do desemprego. Com o imposto de importação, o governo equilibra a demanda em favor do produto nacional.
Infelizmente a mentalidade ainda dominante no Brasil é se apertar os contribuintes ao invés de se aumentar a produtividade da economia com redução de impostos. Se isso ocorresse, as compras seriam feitas no Brasil a preços competitivos que desestimulassem as importações ao mesmo tempo que teríamos o crescimento da economia beneficiando a todo o povo, por comprar mais barato, e ao governo, por arrecadar mais pois sendo as alíquotas menores as vendas aumentam e a indústria automobilística está aí para provar isso. Quando se diminui o IPI aumentam-se as vendas e o governo arrecada mais.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Carga tributária do Brasil bate recorde histórico e vai a 35,95% do PIB, o maior índice desde os anos 90
Dados divulgados na sexta-feira passada (19) pela Receita Federal revelam que o Brasil registrou, em 2013, a maior carga tributária desde os anos 90, ao atingir 35,95% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de toda a produção e riqueza nacional.
Isto confirma que o Brasil possui uma carga tributária sobre os cidadãos e as empresas próxima de países do Primeiro Mundo, porém, com retorno social e econômico abaixo do proporcionado por governos de países desenvolvidos.
Este é o terceiro recorde consecutivo da carga tributária brasileira, que é, por outro lado, muito elevada para os padrões dos países emergentes. Entre estes países, só a Argentina supera o Brasil nesse quesito. Antes do Plano Real, lançado em 1994, a carga tributária representava cerca de um quarto da renda do país.
Trata-se do maior patamar na proporção do PIB da série histórica, iniciada em 2004. No ano passado, o PIB brasileiro atingiu a marca de R$ 4,844 trilhões, enquanto a arrecadação tributária bruta somou R$ 1,741 trilhão.
Tributação sobre bens e serviços continua a prevalecer
Os números do governo revelam também que a principal forma de tributação do país continua sendo os impostos sobre bens e serviços, ou seja, os tributos indiretos que são embutidos nos preços.
Em 2013, 51,2% da carga tributária foi arrecadada na forma de tributos embutidos no produtos e serviços oferecidos para a população. Isso penaliza a população mais pobre, uma vez que o peso dos impostos e contribuições é o mesmo tanto para a camada pobre como a mais rica, fazendo com que incida mais proporcionalmente sobre os rendimentos dos que ganham menos.
Carga tributária próxima às da Alemanha e Reino
A própria Receita Federal divulgou dados comparativos, referentes a 2012, da carga tributária do Brasil em relação a outros países e que mostram que ela é comparável à de países ricos da Europa, como Alemanha, com um índice de 37,6% do PIB, e Reino Unido, com 33,2%.
No grupo de 27 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - cuja carga tributária oscila de 20,8%, o menor índice, no Chile, até cerca de 48%, o maior índice, na Dinamarca -, o Brasil aparece na 13ª posição, com 35,95%, enquanto a França tem 45,3%, a Itália 44,4%, a Suécia 44,3%, a Finlândia 44,1%, a Áustria 43,2%, a Noruega 42,2%, a Hungria 38,4% e a Islândia 37,2%.
A carga tributária do Brasil está mais pesada do que as de países como Turquia (27,7% em 2012), Estados Unidos (24,3%), Suíça (28,2%), Coreia do Sul (26,8% do PIB), Canadá (30,7% do PIB), Israel (31,6% do PIB), Portugal (32,5% do PIB), Reino Unido (35,2% do PIB), Irlanda (28,3% do PIB) e Chile (20,8% do PIB).
Argentina é líder na América Latina
No grupo de 12 países da América Latina, a Argentina é o primeiro país com a mais alta carga tributária: 37,3%, seguido do Brasil com 35,95%, enquanto os venezuelanos contam com o mais baixo índice: 13,7%.
O peso dos impostos vem aumentando no Brasil desde os anos 90, quando estava na faixa dos 20%. Em 2001 já estava em 31,31%, aumentando paulatinamente durante os últimos 12 anos, indo a 31,41% em 2003; 33,38% em 2005; 34,52% em 2007; 35,31% em 2011; 35,86% em 2012 e 35,95% em 2013.
As informações da Receita Federal revelam ainda que:
Isto confirma que o Brasil possui uma carga tributária sobre os cidadãos e as empresas próxima de países do Primeiro Mundo, porém, com retorno social e econômico abaixo do proporcionado por governos de países desenvolvidos.
Este é o terceiro recorde consecutivo da carga tributária brasileira, que é, por outro lado, muito elevada para os padrões dos países emergentes. Entre estes países, só a Argentina supera o Brasil nesse quesito. Antes do Plano Real, lançado em 1994, a carga tributária representava cerca de um quarto da renda do país.
Trata-se do maior patamar na proporção do PIB da série histórica, iniciada em 2004. No ano passado, o PIB brasileiro atingiu a marca de R$ 4,844 trilhões, enquanto a arrecadação tributária bruta somou R$ 1,741 trilhão.
Tributação sobre bens e serviços continua a prevalecer
Os números do governo revelam também que a principal forma de tributação do país continua sendo os impostos sobre bens e serviços, ou seja, os tributos indiretos que são embutidos nos preços.
Em 2013, 51,2% da carga tributária foi arrecadada na forma de tributos embutidos no produtos e serviços oferecidos para a população. Isso penaliza a população mais pobre, uma vez que o peso dos impostos e contribuições é o mesmo tanto para a camada pobre como a mais rica, fazendo com que incida mais proporcionalmente sobre os rendimentos dos que ganham menos.
Carga tributária próxima às da Alemanha e Reino
A própria Receita Federal divulgou dados comparativos, referentes a 2012, da carga tributária do Brasil em relação a outros países e que mostram que ela é comparável à de países ricos da Europa, como Alemanha, com um índice de 37,6% do PIB, e Reino Unido, com 33,2%.
No grupo de 27 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - cuja carga tributária oscila de 20,8%, o menor índice, no Chile, até cerca de 48%, o maior índice, na Dinamarca -, o Brasil aparece na 13ª posição, com 35,95%, enquanto a França tem 45,3%, a Itália 44,4%, a Suécia 44,3%, a Finlândia 44,1%, a Áustria 43,2%, a Noruega 42,2%, a Hungria 38,4% e a Islândia 37,2%.
A carga tributária do Brasil está mais pesada do que as de países como Turquia (27,7% em 2012), Estados Unidos (24,3%), Suíça (28,2%), Coreia do Sul (26,8% do PIB), Canadá (30,7% do PIB), Israel (31,6% do PIB), Portugal (32,5% do PIB), Reino Unido (35,2% do PIB), Irlanda (28,3% do PIB) e Chile (20,8% do PIB).
Argentina é líder na América Latina
No grupo de 12 países da América Latina, a Argentina é o primeiro país com a mais alta carga tributária: 37,3%, seguido do Brasil com 35,95%, enquanto os venezuelanos contam com o mais baixo índice: 13,7%.
O peso dos impostos vem aumentando no Brasil desde os anos 90, quando estava na faixa dos 20%. Em 2001 já estava em 31,31%, aumentando paulatinamente durante os últimos 12 anos, indo a 31,41% em 2003; 33,38% em 2005; 34,52% em 2007; 35,31% em 2011; 35,86% em 2012 e 35,95% em 2013.
As informações da Receita Federal revelam ainda que:
- A carga tributária de 35,95% do PIB pode ser dividida na seguinte proporção: 18,43% dos impostos incidiram sobre bens e serviços; 8,98% sobre folha de salários; 6,51% sobre renda; 1,41% sobre propriedade; 0,60% sobre transações financeiras; e 0,01% sobre outras bases.
- Do total de R$ 1,741 trilhão arrecadado, a União obteve R$ 1,2 trilhão ou 68,92% do total. Os estados foram responsáveis pela arrecadação de R$ 440 bilhões, correspondentes a 25,29% do total. Os municípios responderam pela arrecadação de R$ 100,9 bilhões, o equivalente a 5,79% do total arrecadado.
- O aumento em relação ao ano anterior, quando a arrecadação atingiu 35,86% do Produto Interno Bruto, não chega a ser expressivo: 0,09%.
- Este é o terceiro recorde consecutivo anual, mesmo com as sucessivas medidas de desoneração fiscal adotadas pelo governo da Presidente Dilma Rousseff. As desonerações foram de R$ 77,79 bilhões no ano passado, segundo a Receita Federal, ou seja, R$ 31,33 bilhões a mais do que a renúncia fiscal de R$ 46,46 bilhões em 2012.
- Em relação a 2012, a arrecadação da União caiu 0,14%, o que pode ser devido em grande parte às desonerações fiscais concedidas em 2013. As principais foram nas folhas de salários; cesta básica; Cide-combustível; IPI-total; e Nafta e álcool, entre outros.
- Os programas públicos de transferência de renda somaram 16,14% do PIB no ano passado, ou R$ 782,1 bilhões. Descontado esse montante, a carga tributária líquida ficou em 19,81% da renda nacional, abaixo dos 20,01% apurados no ano anterior.
- O que mais contribuiu para o aumento da arrecadação da carga tributária federal foi o Imposto de Renda Pessoa Jurídica; a Cofins e a Contribuição para o FGTS, que aumentaram na proporção do PIB em 2013, respectivamente, 0,15%, 0,09% e 0,07%.
- Enquanto isso, caiu a arrecadação da Contribuição para Previdência Social (0,08%); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) (0,09%); Imposto sobre Operações Financeiras - IOF (0,10%): e demais tributos federais (0,03%).
- O Refis da Crise (tributos devidos pelas empresas em anos anteriores) gerou uma receita de R$ 21,78 bilhões em 2013. Sem considerar os programas de parcelamento de dívidas tributárias (Refis), a carga tributária atingiu 35,18% do PIB em 2013, um pouco menos que os 35,27% verificados no ano anterior.
- Entre os impostos estaduais, a arrecadação de ICMS subiu 0,07%, enquanto os demais tributos se mantiveram estáveis. Entre os tributos municipais, a arrecadação de ISS caiu 0,02% e os demais tributos subiram 0,03%.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Malha Fina do Leão retém 937,9 mil contribuintes com problemas na Declaração do Imposto de Renda
Nunca como em 2014 houve tantos esclarecimentos aos contribuintes sobre como bem preencher suas Declarações de Renda para prevenir a Malha Fina da Receita Federal, mesmo assim, isto não impediu que o número de brasileiros que caíram na Malha Fina este ano aumentasse 24,1%, ou seja, mais 226.630 declarações foram retidas no sistema do Fisco, para um total de 937.939 que apresentaram problemas este ano, em comparação com 711.309 no ano passado, e 604.299 em 2012. As informações foram divulgadas hoje pela Receita Federal.
Veja, a seguir, os principais erros apontados pela Receita Federal no preenchimento das Declarações de Renda que caíram na Malha Final.
- O principal motivo para a retenção em malha foi a omissão de rendimentos, que ocorre quando o valor do rendimento declarado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) é menor do que o informado pela fonte pagadora em Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf). Esses casos representam 52% das retenções.
- Em seguida, as despesas médicas aparecem como o segundo maior motivo para retenção, com 20% dos casos.
- Em terceiro, com 10% das retenções, está a ausência de Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf). "Isso ocorre quando a pessoa física declara um valor de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), mas quem pagou o rendimento não apresenta a Dirf, ou apresenta a Declaração sem informar aquela pessoa física como beneficiário de pagamentos com retenção do IR na fonte", informou a Receita.
- A quantidade de dependentes aparece em quarto lugar e responde por 7% das retenções.
- Em quinto lugar e presente em 6% dos casos de retenção, está a diferença entre o valor do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) declarado pela pessoa física e o informado na (Dirf) por quem pagou o rendimento e reteve o IR na fonte.
Do total de declarações, 740.760 são com imposto a restituir; 174.301 com imposto a pagar; e 22.878 sem saldo de imposto a pagar ou a restituir.
Declaração retificadora
Para os contribuintes que ficaram na Malha Final, só resta agora consultar a situação da declaração através do serviço "Extrato do Processamento da DIRPF", disponível na página da Receita Federal na Internet. Quem não tem certificado digital, pode usar o código de acesso, que é gerado na própria página. A Receita orienta que o contribuinte verifique se existem "Pendências na Declaração" e leia as orientações sobre quais dados verificar e o que fazer para cada pendência apontada na declaração.
Se houver erros na declaração, o contribuinte fará uma declaração retificadora com os valores corrigidos. Se não verificar erros e tiver todos os documentos que comprovam os valores declarados, o contribuinte deve agendar uma data para comparecer à Receita e apresentar a documentação. O agendamento para a Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) de 2014 começa a partir de 2 de janeiro, segundo a informou a Receita Federal.
O agendamento para declarações do exercício 2013 começa a partir do primeiro dia útil de janeiro de 2014.
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