segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Restrições a operações do PIX começam a vigorar a partir de hoje

A partir de hoje, entram em vigor as novas restrições instituídas pelo Banco Central para garantir mais segurança às transferências de dinheiro através do PIX, o sistema de pagamento instantâneo.

Agora, das 20 horas às 6 horas da manhã, as transferências entre pessoas físicas só podem ser feitas até R$ 1.000, no máximo, incluindo os MEIs (microempreededores individuais).

As contas de pessoas jurídicas não foram afetadas pelas novas regras, que valem também para outros meios de pagamento, como transferências intrabancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos.

As medidas do Banco Central foram determinadas pela Resolução BCB 147, publicada em 28/09/2021, referente aos mecanismos de segurança do PIX, e pela Resolução BCB nº 142, anunciada em 27/08/2021, que se aplicam a diversos meios de pagamento eletrônicos. 

O que pode ser feito

O cliente poderá pedir ao banco a ampliação do limite de R$ 1.000 para transações noturnas, porém, a aprovação do pedido demorará de 24h e 48h após a solicitação, como medida de segurança para inibir sequestro-relâmpago ou outros crimes.

O Banco Central permite ainda cadastrar contatos que poderão receber PIX acima de R$ 1.000 a qualquer hora, mas, neste caso, a alteração também só vale após 24 horas da solicitação.

Antes de transferir dinheiro a alguém pelo PIX é importante tomar precauções, como conferir quem é o destinatário e sempre desconfiar de pedidos de dinheiro urgente.

OUTRAS MEDIDAS RESTRITIVAS AO PIX FORAM ANUNCIADAS PELO BANCO CENTRAL PARA VIGORAR A PARTIR DE 16 DE NOVEMBRO DESTE ANO.

Bloqueio preventivo por 72 horas

Em caso de suspeita de fraude, o banco ou instituição que detém a conta do recebedor do pagamento poderá fazer um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas. Usuário recebedor deve ser informado em caso de bloqueio.

Segundo o Banco Central, o bloqueio preventivo em operações das 20 horas às 6 horas da manhã permitirá que a instituição financeira faça uma análise mais cuidadosa de fraude em contas de pessoas físicas, aumentando a chance de recuperação dos recursos por vítimas de algum crime ou extorsão. O bloqueio será imediatamente comunicado ao usuário recebedor. 

Notificação de infração obrigatória

A resolução também torna obrigatória a notificação de infração, por meio da qual as instituições registram eventuais irregularidades e compartilham as informações com as demais instituições sempre que houver consulta a uma chave PIX. Atualmente, essa notificação é facultativa. 

O Banco Central também ampliou o uso do mecanismo para transações em que pagador e recebedor tenham contas no mesmo banco e para operações rejeitadas por suspeita fundada de fraude.

Consultas às chaves PIX

A resolução do Banco Central obrigou que os mecanismos de segurança adotados pelas instituições sejam no mínimo iguais aos seus procedimentos. Casos de excessivas consultas de chaves PIX que não resultem em liquidação ou de consultas a chaves inválidas deverão ser identificados e devidamente tratados.

Responsabilização das instituições

O Banco Central também determinou que as instituições que oferecem o Pix serão responsabilizadas caso fique comprovado que a fraude decorreu de falhas nos mecanismos de segurança e de gerenciamento de riscos. As instituições estarão obrigadas a usar as informações vinculadas às chaves PIX.

O sucesso do PIX

Em fins de dezembro de 2020, havia 56 milhões de usuários de PIX no País, segundo o Banco Central. Esse universo aumentou para 106,6 milhões até o final de agosto de 2021. Ou seja, o PIX é um sucesso devido à sua acessibilidade. 

O PIX não tem tarifa, é concluído na hora e quem manda o dinheiro só precisa da chave do favorecido, que pode ser um e-mail, o número do celular, o CPF ou uma senha aleatória.

Por ser instantâneo, o PIX passou a ser também uma alternativa para o uso do cartão de débito, uma vez que não cobra taxa.


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