A Receita Federal acaba de divulgar os resultados da
arrecadação em agosto. Foi de R$ 146,46 bilhões, registrando acréscimo real (descontado
o IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 7,25% em relação a
agosto de 2020.
No período acumulado de janeiro a agosto de 2021, a
arrecadação alcançou o valor de R$ 1,19 trilhão, representando um acréscimo
pelo IPCA de 23,53%.
Trata-se, segundo o Ministério da Economia, do melhor
desempenho na arrecadação desde 2000, tanto para o mês de agosto, quanto para o
período acumulado. O mesmo acontecendo para os meses de fevereiro, março, abril
e maio de 2021.
Quanto às Receitas Administradas pela Receita Federal, o
valor arrecadado, em agosto de 2021, foi de R$ 141.896 milhões, representando um
acréscimo real (IPCA) de 6,05%, enquanto no período acumulado de janeiro a
agosto de 2021, a arrecadação alcançou R$ 1.143.359 milhões, registrando
acréscimo real (IPCA) de 22,71%.
Recuperação econômica
De acordo com o relatório da Receita Federal, o aumento na
arrecadação neste ano apresentado até agosto é estrutural e reflete a melhora
da economia, depois do fim das medidas de isolamento social.
“De oito meses deste ano, em seis a arrecadação foi
recorde. As evidências de recuperação da economia são sólidas. O crescimento da
arrecadação é sustentável e tem componente estrutural”, ressaltou a Receita
Federal.
O desempenho de agosto foi alcançado principalmente em
decorrência do aumento no pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da contribuição
para o PIS/Pasep e de contribuições previdenciárias.
“O resultado de janeiro a agosto poderia ser maior, não
fossem as compensações, que cresceram 30% no período”, destacou a Receita
Federal.
A Receita Federal justificou ainda o resultado sobretudo
devido a fatores não recorrentes, como recolhimentos extraordinários de,
aproximadamente, R$ 29 bilhões do IRPJ/CSLL de janeiro a agosto de 2021 e pelos
recolhimentos extraordinários de R$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano anterior.
Em relação a julho deste ano, houve queda real de 15,22% no
recolhimento de impostos, mas isso, segundo a Receita Federal, não significa
uma desaceleração, foi por questões sazonais, já que, naquele mês, houve o
pagamento de tributos trimestrais que não são recolhidos em agosto, por conta
da pandemia.
Ou seja, para a Receita Federal, a arrecadação de impostos
federal continua no mesmo ritmo de crescimento.
Com este crescimento na arrecadação de tributos querer
aumentar impostos para aumentar a arrecadação é um pouco de crueldade com este
sofrido contribuinte brasileiro!
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