A economia brasileira passa por um mau momento com a redução da atividade industrial de vários setores importantes para a geração de empregos e arrecadação tributária, sendo que o ajuste do qual o Ministro da Fazenda Joaquim Levy está sendo o maestro tem procurado corretamente conduzir todo este complicado processo com muito senso de realidade e coragem para enfrentar os muitos desafios que virão pela frente.
Entretanto, noto que o ajuste fiscal pelo qual necessariamente terá de passar a economia brasileira para reunir condições de voltar a crescer começa a focar mais no aumento de impostos do que na redução de gastos correntes do governo.
Erros macroeconômicos
Ora, não precisa ser nenhum sábio para perceber que a situação atual de estagnação econômica é devido a vários erros macroeconômicos cometidos nos últimos 8 anos onde não se procurou dosar os gastos do governo a um ponto que a economia bateu no muro da insensatez e teremos agora de recolher os cacos e nos recompormos para podermos continuar a desenvolver este imenso e promissor País.
Vejo, entretanto, com preocupação algumas notícias veiculados na mídia onde se diz que aumentar os impostos das grandes empresas e dos ricos deixa todo mundo feliz.
Com certeza a pior coisa que se pode fazer quando a produção industrial recua a cada mês é arrochar mais ainda, com aumentos de impostos, as empresas que precisam de confiança e estímulos para voltar a investir e fazer a roda da economia voltar a girar.
Juros sobre capital próprio
Fala-se da eliminação dos juros sobre o capital próprio para as empresas, esquecendo-se de que a inflação está em ascensão e que este mecanismo de se utilizar os juros sobre o capital próprio nasceu da preocupação do governo, quando o mecanismo foi criado, de criar uma maneira de continuar a proporcionar a eliminação do imposto sobre a inflação, pois se a correção monetária tinha sido extinta, a inflação, embora substancialmente reduzida, ainda continuou existindo.
Logo, eliminar-se este mecanismo no momento em que a inflação aumenta não parece ser uma sábia decisão pois se estará tributando ainda mais o lucro inflacionário reduzindo-se ainda mais a capacidade de investimento das empresas.
Tributação de dividendos ao exterior
Cogita-se também da tributação de dividendos ao exterior que representa um desestímulo para o investimento estrangeiro no País. Isto, entretanto, não chega a ser um grande obstáculo para a economia na medida em que o imposto na remessa de dividendos será abatido do imposto que o país da empresa matriz irá receber. Neste caso, apenas se transfere renda fiscal para o Brasil, tirando renda fiscal do país da matriz recebedora dos dividendos enviados do Brasil. Não é bom como fator de estímulo, mas o investidor não chega a ser prejudicado.
Absurdo mesmo será querer introduzir-se também o imposto na distribuição de dividendos pagos no Brasil, pois isto provocaria um aumento exorbitante na já exorbitante carga tributária brasileira e que reduzirá ainda mais a capacidade de as empresas brasileiras poderem investir na recuperação da economia.
Imposto sobre grandes fortunas
Pelo que se lê na imprensa, o Partido dos Trabalhadores tenta mais uma vez aprovar o imposto sobre grandes fortunas com o único objetivo de jogar para a plateia e querer mostrar que eles estão tirando dos ricos para beneficiar os pobres, numa demagogia que não mais deveria existir, pois o que eles querem fazer mesmo é tirar dos ricos e dos pobres para entregar ao governo para que o mesmo continue contratando seus apaniguados. Todos sabem que este tipo de imposto arrecada pouco e ainda afugenta do Brasil aqueles que têm realmente capacidade para investir. Se não querem acreditar deem um pulo na França para ver o estrago que causou na economia de lá este tipo idiota de tentar jogar os ricos contra os pobres.
Impostos sobre transmissão de imóveis e de heranças
Fala-se ainda do aumento do ITBI (transmissão de imóveis – imposto municipal) e do imposto sobre heranças (ITCMD - imposto estadual), os quais, por conta do princípio da anualidade que constitucionalmente tem de ser observado, será causador de uma verdadeira debandada de riquezas para outras jurisdições e que mais uma vez só irá prejudicar a classe média baixa e os mais pobres que não têm condições de planejarem para minimizar estes impactos. Isto sem falar no aumento dos impostos sobre a folha de pagamentos que está em discussão para ser aprovada no Congresso Nacional.
Reduzir gastos correntes para propiciar recuperação mais rápida da economia
Ou seja, está na hora de a imprensa pressionar mais para haver redução nos gastos correntes, número excessivos de ministérios e reduzir os cargos comissionados que são em números exorbitantes pelo País a fora e deixar as empresas e os contribuintes livres para poderem investir nos seus negócios e propiciar uma recuperação mais rápida da necessária pujança econômica que tem potencialmente o Brasil.
Criar novos impostos só para agradar os atrasados de ideologia e ou incompetentes e que colocaram o País na situação em que ele se encontra agora seria, não só um contrassenso, mas um escárnio contra a população trabalhadora do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário