A Lei 14.286 foi publicada hoje (30/12/2021) na edição do Diário
Oficial da União (DOU). No entanto, em seu Art. 29, estabelece que: “Esta lei
entra em vigor após decorrido um ano de sua publicação oficial”, ou seja, o
novo limite começará a vigorar somente a partir do dia 30 de dezembro de 2022.
A nova Lei, que foi aprovada pelo Senado Federal no início de
dezembro, após passar pela Câmara dos Deputados, libera também a troca de até
US$ 500 entre pessoas físicas ou empresas e facilita para que compra e venda de
moeda estrangeira possam ser feitas não apenas por bancos e corretoras.
Legislação atual é datada de 1935
O projeto foi apresentado ao Congresso Nacional pelo Banco
Central (BC), visando modernizar uma legislação datada de 1935. O objetivo
dessa nova legislação cambial é fazer com que o real seja mais utilizado em
outros países, facilitando ainda as operações de exportações e importações
brasileiras.
Ou seja, serão ampliadas as possibilidades de abertura de
conta em dólar e outras moedas estrangeiras no Brasil, permitindo que bancos e
instituições financeiras do país invistam no exterior recursos captados no país
ou no exterior, além de facilitar o uso da moeda brasileira em transações
internacionais.
Na prática, a nova legislação cambial permitirá a abertura,
por pessoas físicas e empresas, de contas em moeda estrangeira no Brasil – algo
que hoje é autorizado somente a casas de câmbio e emissores de cartões de
crédito.
Fiscalização do Banco Central
Caberá ao Banco Central exercer seu poder fiscalizatório e
sancionatório, bem como autorizar instituições a operar no mercado de câmbio.
A Lei 14.286, que ainda será regulamentada pelo Banco
Central, exigirá das instituições financeiras autorizadas a operar no mercado
de câmbio, análises dos clientes e de operações de modo a coibir as práticas de
lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. As instituições autorizadas poderão
usar esse dinheiro para alocar, investir, financiar ou emprestar no território
nacional ou no estrangeiro.
Essas medidas modernizadoras ajudarão também o Brasil a entrar na seleta Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), integrada pelos países mais desenvolvidos.
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